Não me defendo de nenhuma lágrima. Gosto de chorá-las todas, de lavar a confusão, os medos, as crises. Não choro em qualquer lado. Tenho moradas próprias: lugares, pessoas...
Mas às vezes não é bem assim....
Eram 7h55 quando entrei no estúdio e me sentei na sala de maquilhagem. No telemóvel da Vera - a nossa maquilhadora - tocava uma balada qualquer. Muito triste. Os meus olhos molharam-se depressa. A maquilhagem não ia correr bem naquele dia.
- Desculpa Vera!
- Eu já vos conheço. Vamos lá mudar de música. O que preferes?
Naquela fármacia musical lembrei-me que talvez um Jazz me faria bem, mas nada podia desligar a balada que continuava a tocar nos meus olhos.
Ia despedir-me do Jogo Duplo, da Sílvia, daquela história, daquele hotel, da minha farda.
Ia despedir-me do Jogo Duplo, da Sílvia, daquela história, daquele hotel, da minha farda.
O Jogo Duplo não foi só uma novela. O Jogo Duplo representou uma mudança de vida, de pilares, uma reconstrução interior.
A profissão de actor traz juros bem altos. É assim. Não vale a pena explicar.
Queremos clareza, queremos normalidade, queremos sentir um certo aborrecimento, até. Somos seres de hábitos e não de mudanças. Ser actor é desafiar a ordem natural das coisas. É sermos seres de mudanças de não de hábitos!
Foi emergente aprender a abraçar o caos e a chorar mais do que normalmente choraria. Se é para sentir, então que seja! Sempre acreditei que um dia mau não pode significar uma sucessão de dias péssimos, por isso, olhava para trás muitas vezes e pensava nos momentos de crise que atravessei e como tudo se foi resolvendo, mesmo sem respostas, sem cábulas, sem estar preparada para o teste surpresa de todos os dias.
Avanço para novas aventuras mais segura, mais forte, mais arrumada emocionalmente, mais assertiva e focada, mas confiante de que vou sempre preservar a minha essência.
.......
Levo comigo os aconselhamentos do nosso director de actores, o João Pedreiro, as palavras experientes do nosso Nuno Homem de Sá, levo a escrita liderada pelo Artur Ribeiro que deu uma aresta à Sílvia para ter a sua história, levo a atenção do Roberto, o nosso assistente de realização, levo a boa disposição do Galamba que passou os meses inteiros a filmar atrás de mim, por cima do meu ombro, levo a doçura da Filipa, levo a equipa de produção e de realização, a equipa de maquilhagem e de cabelos, a equipa do guarda roupa, levo o elenco todo, sobretudo o João de Brito e o Eurico Lopes, os meus parceiros de amor e de desamor, respectivamente! Levo a TVI e a Plural pela oportunidade que me deram, levo a Griffe hairstyle e sobretudo a Sónia por ter cuidado do meu cabelo entre brincadeiras e conversas sobre a vida, levo a Amour Glamour por me ter vestido para a gala das Estrelas, levo a minha agência, Layjan, sobretudo a Mariana, a Bárbara, a Cristina e a Sandra que, do Porto, me ligam e dizem:
"Sempre que subires uma escada, olha para trás de vez em quando, para confirmares que os degraus que te ajudaram a subir ainda estão lá todos... é que eles vão fazer-te falta se precisares de descer um dia!"
:=)
Obrigada a todos.
A profissão de actor traz juros bem altos. É assim. Não vale a pena explicar.
Queremos clareza, queremos normalidade, queremos sentir um certo aborrecimento, até. Somos seres de hábitos e não de mudanças. Ser actor é desafiar a ordem natural das coisas. É sermos seres de mudanças de não de hábitos!
Foi emergente aprender a abraçar o caos e a chorar mais do que normalmente choraria. Se é para sentir, então que seja! Sempre acreditei que um dia mau não pode significar uma sucessão de dias péssimos, por isso, olhava para trás muitas vezes e pensava nos momentos de crise que atravessei e como tudo se foi resolvendo, mesmo sem respostas, sem cábulas, sem estar preparada para o teste surpresa de todos os dias.
Avanço para novas aventuras mais segura, mais forte, mais arrumada emocionalmente, mais assertiva e focada, mas confiante de que vou sempre preservar a minha essência.
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Levo comigo os aconselhamentos do nosso director de actores, o João Pedreiro, as palavras experientes do nosso Nuno Homem de Sá, levo a escrita liderada pelo Artur Ribeiro que deu uma aresta à Sílvia para ter a sua história, levo a atenção do Roberto, o nosso assistente de realização, levo a boa disposição do Galamba que passou os meses inteiros a filmar atrás de mim, por cima do meu ombro, levo a doçura da Filipa, levo a equipa de produção e de realização, a equipa de maquilhagem e de cabelos, a equipa do guarda roupa, levo o elenco todo, sobretudo o João de Brito e o Eurico Lopes, os meus parceiros de amor e de desamor, respectivamente! Levo a TVI e a Plural pela oportunidade que me deram, levo a Griffe hairstyle e sobretudo a Sónia por ter cuidado do meu cabelo entre brincadeiras e conversas sobre a vida, levo a Amour Glamour por me ter vestido para a gala das Estrelas, levo a minha agência, Layjan, sobretudo a Mariana, a Bárbara, a Cristina e a Sandra que, do Porto, me ligam e dizem:
"Sempre que subires uma escada, olha para trás de vez em quando, para confirmares que os degraus que te ajudaram a subir ainda estão lá todos... é que eles vão fazer-te falta se precisares de descer um dia!"
:=)
Obrigada a todos.

















Tão linda a nossa Liliana. E a tua Sílvia. Que delícia de texto. Que delícia de sentimentos e dedicação. Obrigada por nos mostrares isso.
ResponderEliminarobrigada Querida! Levo a minha Sílvia para vida:=) Foi pequenina na história mas muito grande para mim! Beijinhos obrigada por acompanhares!
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